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Brasil

Ivan Leite: “Move-me a possibilidade de utilizar na Câmara meus conhecimentos em favor de Estância, Sergipe e do Brasil”

Publicada em 29/08/21 às 15:29h - 259 visualizações

JL Política


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Ivan Leite: “Move-me a possibilidade de utilizar na Câmara meus conhecimentos em favor de Estância, Sergipe e do Brasil”
 (Foto: Divulgação)
“Na realidade, demorei a perceber que fui apenas usado por Gilson Andrade”

Órfão do pai Jorge Leite recentemente, o engenheiro elétrico pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e ex-deputado estadual Ivan Leite, 65 anos, não perde de vista uma ativa e persistente paternidade de grandes ideias.

A paternidade de um pensar sempre positivo, sobretudo quando entra em pauta a sua velha e histórica Estância, da qual já foi prefeito duas vezes e pela qual acredita que muito fez e que muito mais gostaria de ver realizado por quem a comande.

Mas não só por Estância, como por Sergipe e pelo Brasil. E é a partir dessa plataforma de crenças e de desejos que Ivan Leite exibe mais planejamento pro plano imediato: o de ser um deputado federal em mandato a ser obtido nas eleições do ano que vem.

“O que me move é a possibilidade de utilizar na Câmara Federal os meus conhecimentos e as experiências adquiridas ao longo dos anos em favor de Estância, de Sergipe e do Brasil”, anuncia ele.

E “os conhecimentos” adquiridos por esse Ivan Leite meio cartesiano, que é também administrador de Empresas, não são de fato poucos. Nem pequenos ou escassos.

Além das duas vezes em que comandou Estância, o cara já foi deputado estadual por dois mandatos, secretário de Estado de uma esfera muito importante, como a da Indústria, Comércio e Turismo, além de ter superintendido o Sebrae de Sergipe.

Conta, ainda, no currículo dele, e em grau de latu senso, o fato de ter batido ponto por 40 anos como diretor da Sulgipe, companhia de distribuição de energia elétrica da família Leite sediada em Estância, com ação sobre 12 municípios de Sergipe e dois da Bahia e quase 200 mil consumidores.

O clã dos Leite completo. Natália, Ivan, os Jorges, filho e neto, Jorge, o patriarca, Yvette e Angelina, a mãe: muito afeto, cumplicidade e ternura

Com fôlego bastante azeitado e sem economia nas afirmações e posturas, Ivan Leite nesta Entrevista faz uma série de reflexões sobre vida, saúde, política, Estância, futuro e afetos. Vai direto ao ponto das coisas.

Acha, por exemplo - num achar meio perigoso -, que não há problema em que ele e a esposa Adriana Leite concorram ao mesmo tempo a vagas na Câmara Federal e na Alese.

“A trajetória política de Adriana independe da minha, pois ela tem luz própria, e no Podemos ela e a presidente Daniele Garcia estão encontrando afinidades crescentes, além da óbvia, que é a do poder político para as mulheres. O que é justo e necessário”, diz ele.

Ivan Leite exibe, como nunca antes, uma visão ferinamente crítica em relação ao antigo aliado e prefeito de Estância, Gilson Andrade, para quem é um executivo que bota o município para baixo e manifestou-se infiel à confiança recebida no passado.

“Na realidade, demorei a perceber que fui apenas usado por Gilson Andrade desde a época em que foi meu vice-prefeito e eu o preparei para ser meu sucessor”, afirma.

Aos 65 anos, Ivan Leite depara-se com um câncer, enfrenta-o, faz reflexão positiva sobre a vida e as circunstâncias e aconselha: não negligencie com exames

Na visão de Ivan Leite, com ele prefeito o Gilson Andrade deputado estadual conspirou contra o bem-estar social e administrativo de Estância.

“Infelizmente, ele passou todo o mandato de deputado contra os Governos Estaduais sob Marcelo Déda, Jackson Barreto e Belivaldo Chagas prejudicando Estância”, acusa.

“Mesmo assim, na sua reeleição para deputado estadual eu o ajudei ao pedir que a professora Adriana Leite não fosse também naquele momento candidata à eleição, dividindo os votos de Estância. Além do que, a sua reeleição foi amplamente facilitada pela existência das vultuosas e famosas verbas de subvenção. Ele reeleito deputado, quis ser candidato a prefeito e mais uma vez pediu a Adriana que postergasse a candidatura dela e aceitasse ser a vice dele, pois era o sonho da vida dele ser prefeito e que ela por ser jovem poderia ser prefeita depois”, reforça.

“Inclusive ele assumiu o compromisso de apoiá-la para deputada estadual, o que na prática não realizou, apenas fazendo uma fachada, visto que secretários dele, vereadores ligadíssimos politicamente a ele não a apoiaram”, constata.

No campo familiar, Ivan Leite guarda uma visão para lá de positiva e afetiva do pai Jorge Leite, que se foi, aos 95 anos, no dia 15 deste mês de agosto.   

 “Foi pai, pai e pai! Um pai firme e presente que sempre me deu liberdade de ser Ivan. Um pai exemplo na formação educacional. Um pai perseverante na busca das suas realizações através do trabalho contínuo”, diz.

Ivan Santos Leite nasceu no dia  9 de janeiro de 1956 na Maternidade do Hospital de Cirurgia, em Aracaju, mas é um estanciano como poucos nascidos ali naquele sul. É filho de Jorge Prado Leite e de Angelina Emiliana Santos - ela vivíssima e presente.

Ivan é casado com a professora Adriana Oliveira Santos Leite, que até o ano passado era a vice-prefeita de Estância ao lado de Gilson Andrade.

Ivan Leite é pai de Jorge Batalha Leite, de 35 anos, juiz da Justiça Federal do Trabalho no Estado de São Paulo - ele fez direito pela Universidade Federal de Sergipe - e de Yvette Batalha Leite, 30 anos, que fez direito pela Universidade de São Paulo.

Yvette é a atual executiva diretora-geral da Sulgipe, em lugar do pai desde 2018. Ivan é avô de Pedro Jorge Farias Leite, filho de Jorge Batalha Leite com a médica Natália Teles Farias Leite.

Ivan Leite tem tripla formação universitária: é engenheiro elétrico pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, com graduação em 1980, administrador de Empresas pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, com conclusão em 1981, e bacharel em direito por uma universidade sergipana com término em 2013. E é ainda mestre em Engenharia Elétrica desde 1981.

Ele presidiu o Fórum Nacional de Secretários de Indústria, Comércio e Turismo, sucedendo ao secretário de São Paulo Emerson Kapaz e foi presidente fundador do Rotary Clube de Estância na década de 1980.

“Foi o impacto de uma reviravolta. Descobri e operei o intestino, retirando um palmo dele, e estou fazendo quimioterapia. Pretendendo utilizar os anos que Deus me der para continuar fazendo o que gosto. Ou seja, trabalhar fazendo o bem. Até o presente, mantenho um bom astral, mas ciente da existência de um problema com o qual eu não contava. Inclusive, aproveito o meu caso para fazer um alerta aos homens com mais de 50 anos: façam o exame preventivo de colonoscopia. Se eu o tivesse feito, o câncer não teria formado um tumor”, diz ele, a propósito do problema recém-detectado.

Por uma série de razões e motivos, a Entrevista com Ivan Leite pede para ser lida.
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A MARCA PATERNA DE JORGE LEITE


“Foi pai, pai e pai! Um pai firme e presente que sempre me deu liberdade de ser Ivan. Um pai exemplo na formação educacional. Um pai perseverante na busca das suas realizações através do trabalho contínuo, com 50 anos sem um mês de férias”

JLPolítica - Qual foi a importância da figura humana de Jorge Leite em sua vida?
Ivan Leite - Foi pai, pai e pai! Um pai firme e presente que sempre me deu liberdade de ser Ivan. Um pai exemplo na formação educacional. Um pai perseverante na busca das suas realizações através do trabalho contínuo, com 50 anos sem um mês de férias.

JLPolítica - Qual é o impacto da morte recente dele para o senhor?
IL - Até nisto ele foi um ser especial e deu-nos um período de transição entre o início da sua doença incapacitante e a sua partida de dez anos depois. Isso nos permitiu receber o desfecho como a partida de um guerreiro.

JLPolítica - Empresarialmente, qual era a filosofia do engenheiro Jorge Leite frente ao comando da Sulgipe e da atividade empreendedora em geral?
IL -  Predicava o crescimento sempre, com reinvestimentos e utilizando sempre as tecnologias mais modernas já disponíveis, sem nenhum luxo e muita correção com todos os parceiros, fornecedores , funcionários e em especial com os consumidores de energia elétrica da Sulgipe.
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UM PAI-EXPERIÊNCIA LOGO ALI AO LADO

“Como formei-me em Engenharia Elétrica e Administração de Empresas, já vim trabalhar com uma expressiva bagagem teórica, inclusive fazendo projeções de mercado. E tive a felicidade de trabalhar em uma sala conjugada a dele por mais de 30 anos. Lógico que aprendi muito, e até na hora das refeições o assunto era trabalho”

JLPolítica - Qual era o mantra dele?
IL - Trabalho e trabalho!

JLPolítica - Jorge Leite era generoso no repasse de expertises de comando dos negócios para os filhos?
IL -  Como formei-me em Engenharia Elétrica e Administração de Empresas, já vim trabalhar com uma expressiva bagagem teórica. Mas mesmo enquanto estudante já trabalhava, inclusive fazendo projeções de mercado, utilizando instrumentos computacionais com engenheiros da CESP - Centrais Elétricas de São Paulo. Mas claro que a vivência, a prática, só se adquire com o trabalho. E eu tive a felicidade de trabalhar em uma sala conjugada a dele por mais de 30 anos. Lógico que aprendi muito, e até na hora das refeições, via de regra, o assunto era trabalho.

JLPolítica - O senhor foi generoso no repasse a Yvette Leite, sua filha e atual executiva-chefe da Sulgipe?
IL - Menos do que ele foi comigo. Mas como Yvette é melhor aluna do que eu fui, na prática está demonstrando, por mais de três anos, a sua capacidade já adquirida.
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AS ELEIÇÕES DE 2018 E O QUE TERIA SIDO

“Resultado de eleição não é algo fácil de se explicar. Deixo para os bons analistas políticos esta justificativa. Mas, eleito, Eduardo seria um bom governante e eu estava disposto a colaborar. Ainda mais se Alkmin tivesse sido eleito o presidente da República, o que foi um dos motivadores para que eu aceitasse ser o candidato a vice-governador”

JLPolítica - Como a Sulgipe atravessou esse ano e meio de pandemia de Covid-19, do ponto de vista econômico?
IL - Continuou investindo em redes de distribuição de energia e subestações sem perder o ritmo. Mesmo com o crescimento da inadimplência.

JLPolítica - Cresceu, estabilizou ou decresceu?
IL - Continua crescendo.

JLPolítica - O senhor se arrepende da aventura na disputa pela Vice-Governadoria de Sergipe 2018 ao lado de Eduardo Amorim?
IL - Muito pelo contrário. Ganhei ali um amigo e conheci de perto um homem de bem na figura de Eduardo Amorim.

Ivan Leite não alardeia, mas é um próspero pecuarista sergipano - aqui, com a vaqueira Yvette, mirando o gado. É também um preservacionista ecológico no Crasto

DO SENTIMENTO DE TER SIDO USADO POR GILSON

“Na realidade, demorei a perceber que fui apenas usado por Gilson Andrade. Infelizmente, ele passou todo o mandato de deputado contra os Governos Estaduais sob Déda, Jackson e Belivaldo prejudicando Estância. Mesmo assim, na sua reeleição para deputado o ajudei ao pedir que a professora Adriana Leite não fosse também naquele momento candidata, dividindo os votos de Estância”

JLPolítica - O senhor teria uma justificativa plausível para ele ter ficado em terceiro lugar na disputa pelo Governo?
IL - Resultado de eleição não é algo fácil de se explicar. Deixo para os bons analistas políticos fazerem esta justificativa. Mas, eleito, Eduardo seria um bom governante e eu estava disposto a colaborar. Ainda mais se Geraldo Alkmin tivesse sido eleito o presidente da República, o que foi um dos motivadores para que eu aceitasse ser o candidato a vice-governador, com ele telefonando-me para pedir que eu o ajudasse. Eu tenho uma grande admiração pelo Alkmin.

JLPolítica - Se o senhor pudesse, teria evitado chegar ao extremo do labirinto na desarmonia com o prefeito de Estância e ex-aliado político Gilson Andrade?
IL - Na realidade, demorei a perceber que fui apenas usado por Gilson Andrade desde a época em que foi meu vice-prefeito e eu o preparei para ser meu sucessor, quando o partido dele tirou dele o comando da sigla em Estância e eu tive que colocar outro nome para vice de última hora e sem ele na chapa ganhei com uma diferença e total de votos muito maior do que quando ele foi o candidato a vice. Mesmo ele não tendo sido candidato a vice por causa do partido dele, eu me senti numa obrigação, que não tinha, de elegê-lo deputado estadual, o que consegui.

JLPolítica - Mas Gilson Andrade não usou do mandato de deputado para ajudar aos interesses de Estância?
IL - Não. Jamais. Infelizmente, ele passou todo o mandato de deputado contra os Governos Estaduais sob Marcelo Déda, Jackson Barreto e Belivaldo Chagas prejudicando Estância. Mesmo assim, na sua reeleição para deputado estadual eu o ajudei ao pedir que a professora Adriana Leite não fosse também naquele momento candidata à eleição, dividindo os votos de Estância. Além do que, a sua reeleição foi amplamente facilitada pela existência das vultuosas e famosas verbas de subvenção. Ele reeleito deputado, quis ser candidato a prefeito e mais uma vez pediu a Adriana que postergasse a candidatura dela e aceitasse ser a vice dele, pois era o sonho da vida dele ser prefeito e que ela por ser jovem poderia ser prefeita depois. Inclusive ele assumiu o compromisso de apoiá-la para deputada estadual, o que na prática não realizou, apenas fazendo uma fachada, visto que secretários dele, vereadores ligadíssimos politicamente a ele não a apoiaram.

Yvette Leite e Ivan Leite: pai e filha se enquadram bem na logo da Sulgipe, empresa que, sob eles, cresce mesmo em tempos de pandemia e de maior inadimplência

DESACERTOS DE GILSON ANDRADE CONTRA ESTÂNCIA

“Nem sempre uma má-administração é facilmente percebível pela população num primeiro momento. Mas qual a nova indústria de porte Gilson trouxe para Estância? Nenhuma. Perdeu por inoperância o gigantesco investimento do frigorífico da Maratá. Fechou o Matadouro Municipal João Gravatá, que eu deixara totalmente reformado e equipado, inclusive permitindo que todos os equipamentos dali desaparecessem”

JLPolítica - Mas se Gilson Andrade desacerta tanto enquanto gestor público de Estância e como político, o que justifica a eleição dele com tamanha folga de voto em 2020?
IL - Enquanto prefeito, tirei Estância de uma situação de insolvência a levei a uma situação extremamente confortável financeiramente. Nem sempre uma má-administração é facilmente percebível pela população num primeiro momento, até por não estarem faladas as mazelas que ocorreram. Qual a nova indústria de porte Gilson trouxe para Estância? Nenhuma. Perdeu por inoperância o gigantesco investimento do frigorífico da Maratá. Fechou o Matadouro Municipal João Gravata, que eu deixara totalmente reformado e equipado, inclusive permitindo que todos os equipamentos dali desaparecessem. Ele recusou a vinda da Escola Cívica Militar para Estância. Os 33 ônibus escolares que eu comprei para os estudantes de Estância estão sucateados e parados, e a Prefeitura pagando uma fortuna de aluguel de ônibus. Os alunos de Estância poderiam estar com notebook e internet nas suas casas para aulas on-line, como os alunos do Diocesano estão. Dinheiro Estância tem. Como médico e agora alinhado do governo que ele tanto combateu, não reabriu atendimento ortopédico e a tomografia do Jessé, e a UTI só passou a funcionar por verbas da Covid-19. A estrada ligando direto Estância à praia, com verbas do Proinvest, cadê? O município já estava com o limite de despesas de pessoal e na atual gestão estourado antes da pandemia. E o sindicato está denunciando um concurso a ser realizado agora no final da gestão com centenas de cargos, com quantidades difíceis de justificar em relação às necessidades prementes do município. Consequentemente, com este aumento de despesas de pessoal como ficarão os atuais servidores e os novos para receber seus salários. E por aí vai, não são críticas políticas e sim uma demonstração escancaradas das falhas administrativas.

JLPolítica - Mas em que grau Gilson foi deselegante com a sua pessoa e especificamente com a da pessoa pública da vice-prefeita Adriana Leite, sua esposa?
IL - Não se trata de ser elegante. Trata-se de ser contra a Escola Cívica Militar, a qual ela já tinha aderido junto ao governo federal e ele desmanchou esta vitória de Estância para não prestigiá-la. Enquanto as desatenções foram pessoais, foi-se tolerando. Mas esta foi a gota d’água. Uma gota tão grande que por si só já transbordaria o copo da paciência.

JLPolítica -  O senhor nutre sonho ou projeto de um dia voltar a ser prefeito de Estância?
IL - Em princípio, não.
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DAS AUTONOMIAS POLÍTICAS DE ADRIANA LEITE

“A trajetória política de Adriana independe da minha, pois ela tem luz própria, e no Podemos ela e a presidente Daniele Garcia estão encontrando afinidades crescentes, além da óbvia, que é a do poder político para as mulheres. O que é justo e necessário”

JLPolítica - Na sua primeira candidatura a prefeito em Estância lá em 1988, por que o senhor saiu aplaudido do Fórum, às 2h da madrugada, mesmo não tendo sido vitorioso?
IL - Saí aplaudido pela conduta que mantive durante toda a minha campanha, tratando de forma ética e respeitosa aos adversários e por ter conseguido os votos que tive não com as tradicionais ajudas financeiras eleitorais. E ter ficado acompanhando a apuração da votação dos vereadores, mesmo após a meia-noite e já estar definida a eleição do prefeito. Eu só saí do fórum após o encerramento da contagem dos votos que se deu exatamente às 2h da manhã do segundo dia de contagem. Uma curiosidade: como as urnas na primeira noite ficaram isoladas numa sala fechada, sem ninguém, eu solicitei ao juiz que autorizasse colocar uma filmadora ligada direto, todo o tempo, com a imagem das urnas aparecendo numa TV fora da sala e o jovem juiz, que era João Hora, se não me falha a memória, autorizou e a apuração deu-se com total lisura.

JLPolítica - O que lhe move na tentativa de obter um mandato de deputado federal em 2022?
IL - O que me move é a possibilidade de utilizar na Câmara Federal os meus conhecimentos e as experiências adquiridas ao longo dos anos em favor de Estância, de Sergipe e do Brasil.

JLPolítica - O senhor fica ou sai do PSDB?
IL - Deverei ficar, apesar de terem surgidos interessantes convites de outros partidos.
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DAS RAZÕES DE ADRIANA NÃO TER SIDO ELEITA

“Não houve falta de voto pessoal. Houve no mínimo corpo mole, para não falar de traição, de quem ficou de assumir a campanha dela quando me pressionou de todas as maneiras para que eu aceitasse a candidatura de vice-governador e não a acompanhasse mais na sua campanha, a qual foi exitosa nos mais de 13 mil votos conquistados. Mas vale lembrar que se Gilson disse que ela era a candidata dele, ele também foi derrotado, pois outros prefeitos da região elegeram os seus candidatos”

JLPolítica - Mas com Adriana Leite sendo acessada pelo Podemos, o senhor pode tomar mesmo esse rumo partidário?
IL - A trajetória política de Adriana independe da minha, pois ela tem luz própria, e no Podemos ela e a presidente Daniele Garcia estão encontrando afinidades crescentes, além da óbvia, que é a do poder político para as mulheres. O que é justo e necessário.

JLPolítica - O senhor acha seguro e prudente que a sua pessoa tente a Câmara Federal e Adriana Leite a Alese numa só eleição? Não vê risco nisso?  
IL - Não penso assim. Vejo de forma natural.

JLPolítica - Com base em seu histórico pessoal, o senhor teria uma justificativa razoável para a falta de votos para eleger Adriana Leite deputada estadual em 2018?
IL - Não houve falta de voto pessoal. Houve no mínimo corpo mole, para não falar de traição, de quem ficou de assumir a campanha dela quando me pressionou de todas as maneiras para que eu aceitasse a candidatura de vice-governador e não a acompanhasse mais na sua campanha, a qual foi exitosa nos mais de 13 mil votos conquistados faltando cerca de mil para ter sido eleita. Mas vale lembrar que se o prefeito Gilson Andrade disse que ela era a candidata dele, ele também foi derrotado, pois outros prefeitos da região elegeram os seus candidatos.
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DO IMPACTO DE SE DEPARAR COM UM CÂNCER

“Foi o impacto de uma reviravolta. Descobri e operei o intestino, retirando um palmo dele, e estou fazendo quimioterapia. Pretendendo utilizar os anos que Deus me der para continuar fazendo trabalhar fazendo o bem. Mantenho um bom astral, mas ciente da existência de um problema com o qual não contava. Inclusive, aproveito meu caso para fazer um alerta aos homens com mais de 50 anos: façam o exame preventivo de colonoscopia”

JLPolítica - Qual foi o impacto em sua vida ao descobrir-se com um câncer aos 64 anos?
IL - Foi o impacto de uma reviravolta. Descobri e operei o intestino, retirando um palmo dele, e estou fazendo quimioterapia. Pretendendo utilizar os anos que Deus me der para continuar fazendo o que gosto. Ou seja, trabalhar fazendo o bem.

JLPolítica - Como o senhor o está enfrentando?
IL - Até o presente, mantenho um bom astral, mas ciente da existência de um problema com o qual eu não contava. Inclusive, aproveito o meu caso para fazer um alerta aos homens com mais de 50 anos: façam o exame preventivo de colonoscopia. Se eu o tivesse feito, o câncer não teria formado um tumor.

JLPolítica - Lá por volta de 1976, em pleno regime militar, aos 20 anos o senhor presidiu o Grêmio da Engenharia Elétrica da USP. O senhor tinha noção dos riscos da ditadura militar naquele momento? Como foi aquela experiência?
IL - Tive total liberdade de atuação política estudantil e inclusive fundei um jornal O Condutor, que numa faculdade de Engenharia Elétrica utilizava o conceito de transmissor de energia para ser um transmissor de ideias - jornal este que permaneceu existente por mais de 20 anos e teria continuado a existir como mídia digital. Na USP, eu tinha total liberdade.

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“Tive total liberdade de atuação política estudantil e inclusive fundei o jornal O Condutor, que numa faculdade de Engenharia Elétrica utilizava o conceito de transmissor de energia para ser um transmissor de ideias - jornal este que permaneceu existente por mais de 20 anos e teria continuado a existir como mídia digital. Na USP, eu tinha total liberdade”

JLPolítica - Qual era a linha desse jornal que o senhor fundou?
IL - Publicávamos sem filtro todos os artigos oriundos dos colegas da Elétrica, lutamos e conseguimos a reabertura de uma sala própria para o Centrinho, como era conhecido o nosso grêmio, melhorias de laboratórios, cobranças de assiduidade e qualidade de professores, entre outras pautas de quem estavam voltado a fazer da escola um lugar de real aprendizado dentro da profissão escolhida, mas sem ficar omisso da participação política quando necessário.

JLPolítica - É castigo ou projeção paterna e materna se vê morando sozinho aos 12 anos de idade na cidade de São Paulo?
IL - Fui morar sozinho em São Paulo aos 12 anos de idade, mas meu pai foi morar sozinho no Ceará aos 11. Não sei quais foram à época a motivação de meus avós, mas no meu caso, após ter entrado aqui no GA, atual CA - Colégio de Aplicação da UFS -, através de rigoroso exame de seleção, não era exatamente o modelo de aluno quietinho, e a mudança para São Paulo foi necessária e acabou me dando o amadurecimento que talvez eu não tivesse tido ficando aqui. Mas, em síntese, não encarei como um castigo, mas como uma abertura de horizontes que o meu temperamento requeria e meus pais proveram.

JLPolítica - Que história é esta de sua quase morte na inauguração da primeira piscina de clube de Sergipe, na Associação Atlética?
IL - O presidente da Atlética era o nosso popular Magá, o odontólogo e radialista Carlos Magalhães, que numa iniciativa ousada construiu a primeira piscina semiolímpica de clube em Sergipe. E para a tal buscava colaboração de todos os associados, seja financeira seja em trabalho. E eu fui com os meus 10 anos de idade, jogador de tênis à época, dar a minha colaboração. Como? Ajudando a encerar a borda da piscina com uma enceradeira elétrica. E o fiz segurando a conexão de uma extensão elétrica para que ela não desconectasse. Num determinado momento, o movimento da enceradeira esticou o fio e eu dei um passo pra trás, caindo de costas dentro da água da piscina. Levei um baita choque que comeu um pedacinho do meu polegar e que por sorte não me matou.
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DO USO DAS LAN HOUSES NA EDUCAÇÃO

“Na minha campanha de prefeito dizia que queria que os filhos de um morador da periferia tivesse o mesmo acesso à internet que os filhos do presidente dos EUA, pois enxergava a internet como o maior nivelador de acesso ao conhecimento já existente. Tem aulas gratuitas excepcionais, acesso a pesquisas, a livros, a notícias, enfim um super recurso didático. Estimulei a que todas (as lan houses) se associassem e a Prefeitura compraria, de todas, horas de uso do computador”

JLPolítica - Por falar em urnas com voto impresso, o senhor fez um modelo de uma em 2001 e deu entrada no INPI - Instituto Nacional de Propriedade Intelectual - pedindo registro da patente? Como era aquela urna eletrônica?
IL - A ideia era acoplar uma impressora à urna digital, com uma canaleta transparente, sem acesso do eleitor ao voto impresso para pegar, tendo acesso apenas para ler o seu voto, o qual após conferido seria por ele liberado para cair dentro da urna sem qualquer contato físico do eleitor com esse voto impresso. Havia também um carimbo acoplado à canaleta que permitia ao eleitor carimbar no seu voto inutilizado, caso este estivesse diferente do voto que ele achava que tinha dado. Por isso, deixo claro que a minha defesa do voto digital auditável pelo voto impresso não é de hoje. E tampouco é em busca de registro da patente, pois não dei acompanhamento ao necessário registro pelo INPI. Evidentemente que defendo o voto impresso com a permanência da rápida e eficiente apuração digital. Sem retrocesso, apenas com maior segurança, adicionada à segurança hoje já existente.

JLPolítica - Quando o senhor foi prefeito de Estância, viabilizou o acesso aos estudantes da rede pública municipal através de lan house. Como se dera isso?
IL - Na minha campanha de prefeito eu dizia que queria que os filhos de um morador da periferia tivesse o mesmo acesso à internet que os filhos do presidente dos Estados Unidos, pois enxergava e enxergo a internet como o maior nivelador de acesso ao conhecimento já existente. Tem aulas gratuitas excepcionais, acesso a pesquisas, a livros, a notícias, enfim um super recurso didático. Implantei salas de informática em várias escolas, trouxe a indústria do conhecimento, construindo dois prédios para uso com computadores e impressoras acessíveis a qualquer estudante, inclusive com a presença de monitores para orientação, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Sergipe, que bancou a construção e a prefeitura responsabilizou-se pela manutenção em funcionamento, o que mantive durante toda minha gestão e atualmente os prédios estão sucateados. Montei também na rua Capitão Salomão um prédio exclusivo com computadores em parceria com o Governo Federal. Mas, eu queria maior capilaridade e agilidade em viabilizar o acesso à internet às crianças.

JLPolítica - Como as lan houses entram nisso?
IL - Naquela época houve uma gigantesca proliferação de lan house por todo o Brasil, e em Estância todos os bairros tinham umas quatro ou mais. O que eu fiz? Estimulei a que todas se associassem e a Prefeitura compraria, de todas, horas de uso do computador de forma igualitária de oportunidade, através de tíquetes distribuídos a todos os alunos da rede pública que teriam acesso a lan house por eles livremente escolhida. Tal projeto pioneiro no Brasil teve grande repercussão à época. E detalhe: fizemos parceria com o Senac, contando com o entusiasmado Paulo do Eirado em cursos de capacitação dos professores sobre como melhor lidar com esta nova  tecnologia em favor da melhor educação para os alunos.

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DO SONHO DE VER UFS COM CAMPUS EM ESTÂNCIA

“E por coincidência encontrei-me esta semana com o atual reitor dela, o professor Valter Joviniano Filho, a quem reiterei nosso desejo de ver a UFS com campus em Estância. Lembro que eu consegui levar o IFS para Estância numa excelente parceria com o Governo Federal, em que a Prefeitura doou 100 mil metros quadrados e terraplanou toda a área do prédio”

JLPolítica - A Confederação das Indústrias, ao implantar em vários Estados brasileiros prédio exclusivo com salas de informática, para o Estado de Sergipe liberou três. Mas como se dera a obtenção de duas destas três por Estância?
IL - O projeto original veio com construção em placas pré-moldadas, o que era inviável fazer em baixa escala de volume. Eu tomei conhecimento que com isso Sergipe não teria condição de receber nenhuma. Aí tive a inciativa de pedir ao meu secretário de Obras, o arquiteto Nilton Barreto, que adequasse o projeto de forma que ele mantivesse a estética desejada dentro de um modelo de construção exequível, técnica e financeiramente ao disponível. E isto foi feito nos credenciando a termos para Estância estes dois prédios. Um foi construído no bairro Bonfim e o outro no Cidade Nova.

JLPolítica - O que o senhor tem a ver com os cursos pela Universidade Aberta do Brasil para Estância, e de que modo eles passam pela UFS?
IL - Quando tomamos conhecimento de um edital para implantação de Polos da UAB, inclusive com prazos curtíssimos para atender à exigência do MEC, oferecemos o prédio da antiga Escola do Comércio, que foi adquirido pelo município para a construção dos laboratórios de física, química e biologia. Durante toda a minha gestão, este polo da UAB sempre teve avaliação máxima nas condições oferecidas para o seu funcionamento.

JLPolítica - O senhor não acha que Estância merece uma presença forte da UFS?
IL - Acho, e por coincidência encontrei-me esta semana com o atual reitor dela, o professor Valter Joviniano Filho, a quem reiterei nosso desejo de ver a UFS com campus em Estância. Lembro que eu consegui levar o IFS para Estância numa excelente parceria com o Governo Federal, em que a Prefeitura doou 100 mil metros quadrados e terraplanou toda a área do prédio, levando inicialmente cursos técnicos e depois, graças à boa vontade do reitor à época, professor Ailton, conquistamos o único curso gratuito de ensino presencial em Estância, o de Engenharia Civil. Já a atual gestão sequer disponibiliza transporte aos alunos do IFS, e ainda deixou sair de Estância o curso de Recursos Pesqueiros.
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COMO ATALHOU FECHAMENTO DO SEBRAE NO INTERIOR

“Já era uma decisão tomada e com algumas agências já fechadas, como as de Tobias Barreto, Glória e Propriá. Estância seria a próxima prevista para fechar quando eu assumi a Superintendência do Sebrae, e só iria existir em Aracaju. E aí não só impedi o fechamento da de Estância, como reabri todas as que haviam sido fechado”

JLPolítica - O senhor costuma lembrar que Estância conseguiu, através dos seus mandatos de deputado, prefeito e secretário de Estado, a implantação de indústrias de porte. Falta uma ação assim hoje em favor da cidade?
IL - Existe uma total omissão do prefeito atual em criar condições para atrair novas indústrias para o município. O Distrito Industrial está cheio e só permite chegar uma quando se fecha outra. Não busca acompanhar junto à Codise áreas convergentes de atuação, e desperdiçou a chance da implantação do frigorífico do Maratá por não ter tido iniciativa e agilidade de desapropriar uma pequena área complementar a uma já pertencente ao próprio Grupo. No Polo Têxtil viabilizado na nossa gestão, o atual prefeito não colocou iluminação pública adequada para dar segurança aos trabalhadores e nem vinha fazendo a coleta de lixo.

JLPolítica - O senhor defende há muitos anos o Imposto Único Sobre Movimentação Financeira. Que vantagem embutida há nesse tipo de tributo?
IL - A descomplicação do atual sistema tributário, o aumento da base contributiva, evitam a sonegação e é cobrado na hora que o contribuinte tem dinheiro, na movimentação financeira. Para muitas empresas o custo administrativo de gerir a questão tributária assemelha-se ao valor que ela teria de pagar se implantado o desconto automático deste único imposto.

JLPolítica - Procede a informação de que em 2001 havia a tendência de fechamento da presença do Sebrae no interior e que o senhor evitou? Como se dera isso?
IL - Sim e já era uma decisão tomada e com algumas agências já fechadas, como as de Tobias Barreto, Glória e Propriá. Estância seria a próxima prevista para fechar quando eu assumi a Superintendência do Sebrae, e só iria existir em Aracaju. E aí não só impedi o fechamento da de Estância, como reabri todas as que haviam sido fechado. Recentemente fiquei feliz com a atual Diretoria do Sebrae por estarem querendo melhorar ainda mais a presença do Sebrae no interior do Estado. É de ações assim que necessitamos.
Ivan Leite acusa Gilson Andrade, prefeito de Estância, de ter se aproveitado do seu prestígio para crescer politicamente e depois ter prejudicado a cidade

DO POETA E DA INTENÇÃO DE UM LIVRO FUTURO

“Aos 12 anos, tive um excelente professor de Língua Portuguesa, o Reinaldo Dip, que propunha temas de redação e também propiciava temas livres. Nas suas correções, além dos erros de redação, ele acrescentava comentários provocativos a pensar. Pretendo, sim, vir a publicar um livro e, inclusive após sugestão do excelente poeta Jozailto Lima, já pedi a um jovem e criativo amigo, o Lucas Oliveira Pereira, ilustrações que estão ficando muito boas para os poemas”

JLPolítica - O modo de ser e de se portar politicamente de Jair Messias Bolsonaro traz ou não perigos ao Estado Democrático de Direito brasileiro? O senhor não identifica nele um pendor para um fechamento ditatorial?
IL - Eu identifico nele, em essência, alguém que está querendo mudar o Brasil para melhor e têm-lhe sido criado obstáculos seguidos para que não o faça, e isso se dá em prejuízo dos brasileiros.

JLPolítica - Havia uma ameaça de fechamento do Tiro de Guerra em Estância antes do início da sua gestão em 2005 e como o senhor evitou que isto acontecesse?
IL - Sim, por total falta de interesse dos gestores em apoiá-los com o mínimo de estrutura, em Sergipe quase todos os Tiro de Guerra fecharam e o de Estância estava seguindo o mesmo caminho. Nós revertemos este quadro, reformando-o, equipando-o e fornecendo moradia para o instrutor, café da manhã para os 50 jovens atiradores, além do respeito e reconhecimento ao importantíssimo resultado alcançado na formação destes rapazes.

JLPolítica - E qual a ação da Prefeitura de Estância hoje na manutenção dessa instituição?
IL - Pelo que eu saiba, atualmente o café da manhã dos atiradores não tem sido fornecido, o que, se confirmado, é uma pena. Nos meus oito anos de governo municipal, 800 jovens tiveram acesso a esta grande escola do Exército Brasileiro, que são os Tiros de Guerra, na qual eles prestam o serviço militar.

JLPolítica - O senhor se aventura na poesia e por vezes na crônica. O que despertou seu desejo de escrever, e não pensa em publicar um ou mais livro?
IL - Aos 12 anos, tive um excelente professor de Língua Portuguesa, o Reinaldo Dip, que propunha temas de redação e também propiciava temas livres. Nas suas correções, além dos erros de redação, ele acrescentava comentários provocativos a pensar. Num destes temas livres, escrevi: “Pena que minhas virtudes não são suficientes para encobrir os meus defeitos”. Ao que ele contrapôs: “Nem teus defeitos suficientes para encobrir tuas virtudes”. Espero que atualmente seja ainda assim (risos). Mas pretendo, sim, vir a publicar um livro e, inclusive após sugestão do excelente poeta Jozailto Lima, já pedi a um jovem e criativo amigo, o Lucas Oliveira Pereira, ilustrações que estão ficando muito boas para os poemas.




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