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Sergipe

VICE-GOVERNADORA SE REÚNE COM MOVIMENTO DE MARISQUEIRAS DE SERGIPE EM ESTÂNCIA

Encontro contou também com uma equipe intersetorial da Prefeitura de Estância, diversos profissionais da Secretaria de Estado da Assistência e Inclusão Social e Promotora de Justiça

Publicada em 27/10/21 às 09:56h - 237 visualizações

Governo de Sergipe


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VICE-GOVERNADORA SE REÚNE COM MOVIMENTO DE MARISQUEIRAS DE SERGIPE EM ESTÂNCIA
 (Foto: Divulgação)
Nesta terça-feira (26), a vice-governadora Eliane Aquino esteve no município de Estância para dialogar com um grupo de mulheres que integram o Movimento de Marisqueiras de Sergipe e residem na região. O encontro foi provocado pelo Movimento, que enviou uma Carta de Proposições ao Governo de Sergipe solicitando apoio para encaminhamento de uma série de demandas das trabalhadoras que atuam na área da pesca artesanal no estado.

Essa é a segunda reunião da vice-governadora com o grupo. A primeira ocorreu de maneira virtual com mulheres de diversas partes do estado e gerou justamente o encaminhamento da realização de reuniões presenciais com grupos de cada território para que fossem levantadas questões locais e para que houvesse também a interlocução com os gestores municipais.

Nesse sentido, na última sexta, 22, a Secretaria de Estado da Inclusão Social realizou uma reunião presencial no município de Indiaroba. A ideia é dar continuidade às agendas. Além de mulheres de Estância e Indiaroba, também integram o Movimento das Marisqueiras de Sergipe, grupos que residem nos municípios de Santa Luzia do Itanhy, São Cristóvão, Aracaju, Pirambu e Brejo Grande.

“Vejo que esse grupo está lutando, sobretudo, pelo reconhecimento justo do seu trabalho. Então, estamos nos reunindo com vocês e vamos visitar outros municípios para construirmos uma pauta para termos em mãos, tanto o Estado como os municípios, um mapeamento de quais são suas principais necessidades. Nosso intuito é construir políticas públicas que as auxiliem”, afirmou a vice-governadora ao lembrar, ainda, que o grupo não requer apenas atenção da Assistência Social, da Saúde e da Educação, mas também da área de Desenvolvimento Econômico.

 “São mulheres invisibilizadas, que muitas vezes sofrem com consequências em sua saúde por passarem horas na lama quente, sob o Sol, numa série de movimentos repetitivos e que requer muito esforço físico. E que, mesmo assim, na maioria dos casos, conseguem aferir uma renda muito pequena para o sustento de suas famílias porque, além do perfil artesanal do seu trabalho, têm dificuldades em escoar sua produção com autonomia”, explicou Eliane.   

O grupo solicita a ampliação de políticas públicas e serviços em diversas áreas, especialmente no que se refere à Saúde, Educação, Assistência Social e geração de renda. Segundo as marisqueiras, a situação social e econômica do grupo tem se deteriorado a partir de vários fatores como a especulação imobiliária, que tem reduzido suas áreas de trabalho e acesso ao mangue; o derramamento de óleo que atingiu toda a região Nordeste há cerca de dois anos; e a pandemia da Covid 19.

No documento encaminhado ao Governo, as marisqueiras ressaltaram que a saúde tem sido uma preocupação constante entre elas, com muitas sofrendo com problemas de saúde decorrentes do seu fazer diário. Dentre eles, foram apontadas as doenças ocupacionais, ginecológicas e lesões de esforços repetitivos (LER’s) ocasionadas pelo contato constante com a lama quente; doenças respiratórias provocadas pela exposição às intempéries/umidade/chuva/frio; doenças de pele e intoxicações causadas pela contaminação das áreas em que trabalham.

“Para nós mulheres marisqueiras esse encontro é de suma importância porque a gente se sente valorizada. Nós que lutamos na base, que nos sacrificamos, hoje estamos aqui representando as outras mulheres da nossa comunidade e de todas as outras que não estão aqui. Vivemos uma realidade dura em que muitas de nós ainda sentem vergonha de se assumir enquanto marisqueiras. Até mesmo quando precisam ir ao médico, se envergonham em dizer como adoeceram. Por isso, uma necessidade muito grande que temos é que os profissionais de saúde que atendem nossas comunidades conheçam nossa realidade, nosso modo de trabalho”,  destacou a marisqueira Geonísia Vieira.

A reunião foi realizada em parceria com a Prefeitura de Estância, que enviou uma equipe multidisciplinar das áreas de Assistência Social, Educação, Saúde e da Procuradoria do município. A coordenadora da Atenção Básica da Secretária de Saúde de Estância, Danielle Fahel, pontuou que alguns protocolos precisaram ser suspensos devido à pandemia, mas que a Prefeitura já atua para não apenas regularizar a situação como ampliar o atendimento através de novas unidades móveis que possam ir ao encontro da população levando atendimento médico. “Nossa expectativa é que, vencendo a parte burocrática, tenhamos o atendimento móvel ampliado até o fim de novembro”. Ela também pontuou que as necessidades apontadas serão debatidas com a gestão.

Presente na reunião, a secretária adjunta da Assistência Social de Estância, também enalteceu a importância da agenda. “Estamos aqui para ouvir todas as demandas e tenham certeza de que iremos tocar todas as ações que forem possíveis para a melhoria da qualidade de vida desse grupo tão importante”.

O encontro contou ainda com a presença da promotora de Justiça, do Ministério Público Estadual, Cecília Nogueira Guimarães Barreto, que atua na Comarca de Estância. “Minha presença aqui representa o contato direto do Ministério Público com a comunidade, com as demandas de um segmento específico e tão importante quanto às marisqueiras e que envolvem vários setores: saúde, relevância, meio ambiente, condições de trabalho, as condições de vida das mulheres. E o Ministério Público vem junto com o estado e o município para ouvir as demandas, acompanhar o desenvolvimento das estratégias e auxiliar no que estiver ao nossa alcance”.

Presenças

Além das representantes do MMS, da equipe da vice-governadoria do Estado e da Prefeitura de Estância, também estiveram presentes, a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Estância, Maria Guadalupe Lima e uma equipe multidisciplinar da Seias composta pela diretora de Inclusão e Direitos Humanos (Didh) da Seis, Lídia Anjos, a diretora de Assistência Social da Seias, Inácia Brito, o coordenador estadual do Cadastro Único, José Carlos Passos, a referência técnica de Políticas para as Mulheres da Didh, Érika Leite, e a representante da diretoria de Inclusão Produtiva e Cidadania da Seias, Claudia Pereira.



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