Manuel da Paixão Franca Fróes, carinhosamente conhecido como Neneco, nasceu em 22 de março de 1913, na cidade de Estância (SE). Filho de João Fróes Viana e Joviana Maciel Franca (ambos in memoriam), casou-se com D. Maria Helena S. Fróes, com quem teve 14 filhos: Noêmia, José Valdo, Dulce, Geovaudo, Vera, Froezinho, Ana, Netinha, Edileuza, Ivanilde, Marilene, Manoel, Paulo e Delma.
Figura respeitada e admirada, Neneco entrou para a história estanciana como símbolo de honestidade, caráter íntegro e dedicação à causa pública, sobretudo aos mais necessitados. Sua trajetória política foi marcada por uma gestão transparente e voltada para o bem coletivo.
Entre 1971 e 1972, Neneco exerceu o cargo de Prefeito de Estância pelo MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Sua posse ocorreu em 31 de janeiro de 1971, na sede da Câmara Municipal, tendo como vice o popular José Azevedo, conhecido como Nozinho do Café Gatão. Recebeu a chave da cidade das mãos do ex-prefeito Raimundo Silveira Souza, que reconheceu sua atuação séria e comprometida com o município.
Entre as principais iniciativas de sua gestão, destacam-se:
Solicitação da construção da Rodoviária de Estância ao então governador Paulo Barreto de Menezes;
Incentivo à industrialização, articulando a implantação da indústria Frutene;
Eletrificação rural do povoado Cabeça do Boi;
Abertura e urbanização das travessas das ruas Pedro Homem da Costa e Rosa;
Convênio com o MOBRAL, promovendo alfabetização de jovens e adultos;
Aquisição de uma PATROL e de uma máquina de fabricar tubos, melhorando a infraestrutura urbana;
Construção de lavanderias comunitárias, em parceria com o Lions Club e o Clube de Diretores Lojistas;
Calçamento da Rua Joaquim Calazans;
Apoio ao esporte, promovendo o 1º Campeonato de Fisiculturismo de Estância;
Valorização da cultura popular, com incentivo aos festejos juninos e ao carnaval;
Colaboração com a Lira Carlos Gomes, tradicional banda da cidade;
Aquisição de carteiras escolares e de uma Rural (automóvel) para uso do município.
Homem simples e do povo, Neneco conquistou a confiança dos estancianos não apenas pelas obras realizadas, mas, principalmente, pela honestidade e respeito ao dinheiro público. Sua gestão ficou marcada pelo cumprimento de praticamente todas as promessas de campanha — um feito raro e memorável.
O falecimento de Manuel da Paixão Franca Fróes, o eterno Neneco, causou profunda comoção em Estância. Seu legado, no entanto, permanece vivo na memória coletiva como exemplo de um gestor público íntegro, humano e comprometido com sua terra natal.
Fontes: Tribuna Cultural e Folha Trabalhista