Diz o velho adágio popular, que recordar é viver! E viver nesse contexto, aqui, é voltar ao passado, um passado que para o homenageado deste quadro A MEMÓRIA DO CRAQUE DO PASSADO, foi bom porque ele chegou a jogar em times famosos do estado de Sergipe e ao mesmo tempo, de acordo com que ele nos contou, foi decepcionante porque não pode ir mais além, pelo fato do seu passe pertencer a um time, que certamente não lhe abrira caminhos para vencer profissionalmente no futebol.
Edivaldo Lima Gomes, é o nome verdadeiro de Edy, ex-atleta do Estanciano Esporte Clube, o “Canarinho do Piauitinga”, que inclusive, foi campeão por esse clube da cidade de Estância.
Edy, como é conhecido no meio esportivo, nasceu no bairro industrial Bonfim, na cidade de Estância, no dia 26 de outubro de 1964. Filho de Pascásio Gomes, conhecido por Duquinha (ex-jogador do Atlético Club Bomfim e de outros times) e de Dona Noélia Lima Gomes, uma mulher de fé, frequentadora da Igreja Católica.
Na infância e adolescência, Edy praticou bola no campo de várzea do mesmo bairro que residia e jogou no Atlético Club Bonfim, time que seu pai Duquinha jogou também.
Saindo do Atlético Club Bonfim, Edy foi levado por um amigo em 1983, para ser Juvenil do Estanciano Esporte Clube, que a época, era coordenado por Aloísio Baié.
Bom de bola e um físico de atleta invejável, Edy logo foi convidado para ingressar no profissional do Estanciano, ou seja, em 1985, ele vira profissional pelas mãos do técnico Jaime de Souza Lima.
Quando
estava atuando pelo Estanciano Esporte Clube, devido o seu tão bem futebol
apresentado e os elogios de muitos oleiros, Edy, em 1986, foi contratado pelo
clube do bairro industrial de Aracaju, Confiança. Ficou lá até 1990. De 1990 a
1992, ele foi campeão e da mesma forma vice campeão pelo Clube Esportivo
Sergipe.
Com um vasto currículo esportivo pelo estado sergipano e devido seu profissionalismo, Edy foi contratado pelo Sport Club do Recife, assim que fez sua apresentação em Pernambuco, voltou ao Confiança, uma vez que seu passe pertencia a este clube. Ele ficava nesse vai e vem.
Quando voltou de Recife, Edy passou apenas seis meses no Confiança e de imediato foi contratado para jogar no Atlético Paranaense, quando passou também pouco tempo jogando porque seu passe continuava preso ao Confiança.
De acordo com Edy, os dirigentes do Atlético Paranaense, queriam comprar o seu passe, mas Fernando França, que a época presidia o Confiança, não quis vender. “Ele só queria me emprestar para os outros clubes”, disse Edy.
Esse empresta, empresta, esse vai e vem para o Confiança, de acordo com o próprio Edy, lhe aborrecia e lhe chateava bastante, até porque ele não tinha como galgar com liberdade outros degraus, e até mesmo, de conquistar uma vida financeira melhor pelo futebol.
Jovem e com muito fôlego e disposição para o futebol, indicado por um desportista sergipano, conhecido por Edemilson, Edy chegou a ser contratado por um time da segunda divisão de Portugal, mas permanecia sofrendo a mesma situação, ou melhor, com seu passe preso ao Confiança. Segundo ele, esse time da Europa queria comprar seu passe, porém, novamente, Fernando França disse não aos portugueses.
Edy que estava há dois meses atuando pelo time português, voltou para o Brasil, ou seja, para o Confiança de Sergipe.
Quando retornou de Portugal, decepcionado com seu passe ainda preso ao Confiança, Edy, aos 26 anos de idade, “pendura as chuteiras” e não mais joga por nenhum time profissional. Não quis saber jogar mais profissionalmente.
Depois que deixou a vida de jogador profissional de futebol, ainda na flor da mocidade, Edy foi se empregar como Vigilante da Fábrica de Tecidos Constâncio Vieira, onde, há 26 anos permanece trabalhando.
Residindo atualmente na Rua “M”, do Conjunto Habitacional Antônio Carlos Valadares, em Estância, Edy é casado com a senhora Silvânia, e com ela possui duas filhas: Ana Paula e Edivânia.
Por Magno de Jesus
08/04/2024
Bela matéria vi começar no Estanciano e depois brilhar no confiança nvntnw
Época de ouro,futebol com vários craques e que muitas vezes sequer são lembrados.Parabéns pela homenagem, esse ser humano é muito merecedor,tem um coração gigante.
Realmente, Edy foi ídolo e exemplo pra muitos garotos no bairro Bonfim e na cidade de Estância, é lamentável o acontecido, mas é fato verídico. Agora só ficaram as lembranças.
Parabéns pelo trabalho lindo quero um dia poder fazer parte desse Documentário.