Nesta 3ª feira (20.jul), o governo chinês acusou os Estados Unidos de serem a fonte da maioria dos ciberataques registrados mundialmente, além de escutas telefônicas. A denúncia ocorreu um dia após o país ser acusado de estar por trás de uma campanha de ataques contra a Microsoft, relevada em 2021, que atingiu 250 mil sistemas informáticos.
Em declaração, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Zhao Lijian, disse que os Estados Unidos espiam tanto os países "rivais como os aliados" e considerou inaceitável a "coligação feita pelo país com os seus aliados com o objetivo de culpar a China", afirmando que as acusações são "irracionais" e possuem fins políticos.
Zhao anunciou ainda que a China tomará as medidas necessárias para garantir a cibersegurança do país e proteger os seus interesses. Segundo ele, a atividade do ciberespaço é difícil de rastrear e deve haver evidências completas e suficientes antes de vincular os ataques cibernéticos ao governo de outro país.
Acusação China
Ontem (19.jul), o governo norte-americano acusou formalmente a China pelas atividades cibernéticas realizadas entre 2011 e 2018, que consistiam na captura de informações que beneficiariam significativamente as empresas e negócios chineses, segundo informou o Departamento de Justiça dos EUA.
"Os Estados Unidos e países ao redor do mundo estão responsabilizando a República Popular da China por seu padrão de comportamento irresponsável, perturbador e desestabilizador no ciberespaço, que representa uma grande ameaça à nossa segurança econômica e nacional", disse o Secretário de Estado dos EUA Anthony Blinken em declaração.