O Conselho de Segurança da ONU tratou, nesta 6ª feira (18.mar), em Nova York, das acusações russas de que os Estados Unidos apoiaram um suposto programa de armas biológicas na Ucrânia.
A embaixadora americana, Linda Thomas Greenfield, acusou Moscou de espalhar desinformação e disse que o uso de armas biológicas é um padrão do governo russo. Ela citou, como exemplos, o conflito na Síria e o envenenamento de opositores do Kremlin.
O embaixador russo defendeu-se dizendo que seu país forneceu à ONU novos documentos que provariam as acusações contra os americanos
O Brasil, que ocupa um dos assentos rotativos do conselho, condenou o uso de armas biológicas, mas defendeu a revisão dos protocolos de verificações mundiais sobre o assunto.
Putin discursa
Enquanto cidades ucranianas eram bombardeadas, o presidente da Rússia discursava para um estádio lotado, em Moscou. Para comemorar os oito anos da anexação da Crimeia pelos russos. "Tiramos aquela região da posição humilhante de pertencer a outro país, afirmou Vladimir Putin ovacionado pela multidão.
Ao citar a guerra na Ucrânia, que o Kremlin chama de operação militar, Putin afirmou que seu país nunca esteve tão forte e chegou a usar um trecho da bíblia para justificar o conflito.
Já o ministro de Relações Exteriores de Putin citou Brasil, Índia e China como alguns dos países que, segundo ele, não aceitariam mais viver sob a liderança dos Estados Unidos. Durante entrevista à rede de TV estatal russa RT, Sergei Lavrov criticou as sanções do ocidente e disse que é preciso regras para controlar a imprensa.