O número de pessoas no mundo que enfrentam situações de insegurança alimentar grave aumentou 40 milhões em 2021. Segundo relatório da Rede Global Contra Crises Alimentares, divulgado na 4ª feira (4.mai), o total está 22% acima do recorde anterior, atingindo 193 milhões de pessoas em 53 países.

A aliança, que integra a Organização das Nações Unidas (ONU) e a União Europeia (UE), alertou que, apesar do número ser alto, a tendência é de piora, uma vez que a guerra na Ucrânia já está impactando as importações de alimentos. No geral, os maiores níveis de insegurança alimentar grave são notificados na Etiópia, Madagascar, Sudão do Sul e Iêmen.

Em apelo à comunidade internacional, o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu ações imediatas. "O conflito ucraniano é mais um peso na crise tridimensional  de alimentos, energia e finanças com impactos arrasadores sobre pessoas e países mais vulneráveis ??do mundo e suas economias", disse.

Para uma mudança de rumo, Guterres destacou as oportunidades oferecidas pela Agenda 2030, a Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU e a criação do Corredor de Coordenação de Sistemas Alimentares em Roma. Segundo ele, esses são os primeiros passos para evitar grandes aumentos da fome global e promover a agricultura sustentável.