O presidente da Rússia, Vladimir Putin, vai liderar as comemorações do 77º aniversário da vitória da União Soviética sobre a Aleamnha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Comemorado nesta 2ª feira (9.mai), o Dia da Vitória contará com desfiles militares e apresentações de tanques, foguetes e mísseis balísticos intercontinentais.
Ao lado da derrota do imperador francês Napoleão Bonaparte em 1812, a vitória sobre as forças nazistas, em 1945, é o triunfo militar mais reverenciado dos russos, embora ambas as invasões do oeste tenham deixado a Rússia sensível sobre as fronteiras ocidentais. A data também marca a perda de milhares de famílias de origem soviética.
Segundo o governo, uma passagem sobre as nove cúpulas da Catedral de São Basílio, em Moscou, incluirá caças supersônicos, bombardeiros estratégicos e, pela primeira vez desde 2010, o avião de comando Il-80 "doomsday", que levaria o alto escalão da Rússia no caso de um ataque nuclear.
A celebração russa acontece em meio a intensificação dos ataques na Ucrânia, onde o conflito militar já dura mais de dois meses. No último sábado (7.mai), por exemplo, mais de 60 pessoas morreram após um bombardeio em uma escola utilizada como abrigo na cidade de Bilohorivka, no leste do país. Segundo informado, cerca de 90 pessoas estavam no porão do colégio. Destas, apenas 30 foram resgatadas com vida.
Apesar das justificativas do Kremlin para a prorrogação da ofensiva, autoridades ucranianas, bem como internacionais, rejeitam a acusação de nazismo no país e alegam que a Rússia está lutando pela sobrevivência contra um Ocidente agressivo, mediante uma guerra não provocada para tentar reconstruir a União Soviética.